domingo, 18 de novembro de 2012

"A arte existe para que a verdade não nos destrua", acho que essa frase nunca fez tanto sentido... poder me alimentar de arte em momentos como este, se tornou imprescindível! Observar, escutar, olhar, ler e produzir arte: parar e reparar que o mundo não é tão feio assim. Mesmo sabendo que a sociedade é pobre, justamente por ser o vômito de um deus cego, saber que seus indivíduos são capazes de tamanha beleza.
Quando a palavra de ordem é destruição e nós teimamos em não aceitar a mudança, quando nossos alicerces são tão frágeis quanto nós e ameaçam ruína, ao mesmo tempo que precisamos arriscar independência dos mesmos. Mas todos nós, sempre, precisamos de apoio. 
Quando não há saída, ou não se pode enxergar uma. 
Quando a verdade é tão feia e rude, que o primeiro instinto é apatia e negação. 
Quando a vida reclama vida.
É aqui que ela se torna realmente linda e tão mais sublime, quando o coração dói tanto que grita: vida! Observar a arte da vida e a vida arte, isso é manter o pulso firme. 
"To be a rock and not to roll..."

domingo, 4 de novembro de 2012

Será possível realmente conhecer alguém, mas principalmente, será possível poder verdadeiramente confiar em alguém? Porque os outros só existem, para nós, enquanto existem em nossa consciência  sendo que, em concreto, suas existências vão além...
Conhecer todas as faces e facetas de alguém, em todo o seu íntimo ser, quando, nem mesmo, conhecemos nossos próprios abismos, até que possamos cair neles.
Como podemos confiar estes abismos secretos de nós mesmos, sem pilhérias, sem mesquinharias, se os outros vivem além de nós??


(escrita contaminada pela leitura de Simone de Beauvoir - de 09.10.2012)