quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Apesar da misantropia, não raras vezes, aguda, uma das atividades mais prazerosas, sem dúvidas, é observar este estranho animal, denominado ser humano! Principalmente quando acaba-se se conhecer um. 
Um só homem é capaz de tantos matizes.
Exemplo a ser dado é o qual tive o fortúnio de observar por horas. Figura um tanto rústica, queimado de sol, tal como um trabalhador rural, ou então, tal como alguém que vive à beira do mar. Mãos grossas e fortes. Cicatrizes pelo corpo, e quase imperceptíveis, na face.
O que lhe teria acontecido pela vida, para adquirir tal forma? Para mim, tão contrastante, tanto do meu lócus, meu desassossegado ponto de vista, quanto do seu ambiente de trabalho: um salão de beleza. Não que fosse espantoso, não que eu esperasse uma figura feminina, mas era acima de tudo surreal: sua personalidade. 
Mulheres e cabeleireiros (como ele) circulavam, preocupados apenas com a própria imagem, com o ideal de beleza tão perseguido. Lendo revistas de moda. Falando sobre isso. 
Foi assim que o espanto maior veio.
O meu objeto de análise, tão rústico, contrastante, cabeleireiro... era tão doce e sereno. Um sorriso de paz.         Era o caos do Universo fazendo sentido. 
Surpresas assim são sempre bem-vindas. A pena é, poucos seres humanos são capazes de tão fina e singela mágica. 


(Texto de 26 de agosto de 2012 - modestas impressões)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Microconto

Era dia, acordou, viu a lua, e dormiu sorridente.

domingo, 5 de agosto de 2012

Sobre alegria e pássaros...

Uma andorinha, só, não faz verão, mas três fizeram primavera do meu dia...