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quinta-feira, 23 de julho de 2020

As mulheres da família

As mulheres da família
são belas, vaidosas, esbeltas.
Mulheres fortes.
Mas são mulheres que escondem,
até de si mesmas,
a dor, o sonho perdido, a "honra manchada",
o sono perdido
a violência, o rechaço, o silêncio.

As mulheres da família escondem suas tristezas.


As tristezas das mulheres da família vazam,
dores de amores
dores de amargores.
Aquela faculdade não cursada,
o marido não escolhido ou bandido bêbado agressivo,
o trabalho abandonado.


As tristezas vazam nos suspiros,
na hora do café e no saudosismo dos dias dos mortos.
As tristezas vazam nos penteados,
nos sapatos,
no sofá.


As tristezas das mulheres da família
são os rancores escondidos.
Contra pai, mãe, sogra.
Contra marido, filho.
Contra deus.


Elas são frágeis,
barragem, napalm, polônio.
E são fortes,
palmeiras, molas, elásticos.

Eterna contagem regressiva,
sempre adiada. 

As tristezas das mulheres da família,
seus rancores,
são de deus,
talvez por faltar-lhes a deusa,
por faltar-lhes certeza de serem mulheres de valia
e não apenas mulheres de família.


Que deusas me permitam não ser como as mulheres da família.
Que as minhas tristezas vazem em canto, poesia e choro,
que elas não se cristalizem no rancor da vó, da mãe e da tia,
pois vazam doloridas, ferinas, entrecortadas no entre-palavras.


Que as minhas tristezas sejam sempre amadas.

quinta-feira, 3 de maio de 2012


Não, não...
não sou eu quem tem medo da solidão!
Pois é minha companheira nas horas de imensidão!
Por favor meu amigo, meu irmão, 
não critique este chavão:
quem tem medo da solidão,
tem medo do próprio coração!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sai desse sufoco rapaz...
Até parece que tem o corpo oco, fazendo de si uma cidade.
Como que de valente fez da própria trajetória uma história,
Sem se importar se havia afinal alguma vitória.
Porque nem a existência possui finalidade!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Coração capital

No cais o cálculo da cabana.
(Cigana!!)
O corpo com carícia,
(Malícia...)
cabelos, curvas... à cabeça, a cachaça.
(que logo rechaça,)
Como se cordialmente conceituasse: contorno.
(pensando retorno,)
Compondo o canto, ao capítulo do conto.
(PONTO!)
Como se a calamidade caiasse a calmaria, culminando cà no calabouço.
(Por isso eu ouço...)
Coração.
(Pede perdão)
Caótico. Caos, confusão.
(logo de antemão!!!!)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Fugidios

Estávamos sós,
naquele canto
tão cheios de espanto
tão cheios de amor.
Tão entretidos
em nossa harmonia
que os nossos ouvidos
não ouviam mais nada
a não ser o som de nossa fala
de nossa carne entrelaçada
de nossos corações.

Lá, naquele canto...
sequer temíamos algo
e desconhecidos
éramos do mundo.
Lançados, em aventura tal
que qualquer coisa
que se aproximasse
que nos chamava
bem vinda não era
pois não cabia no mundo,
no nosso mundo
que criamos
que desvendamos
e que amamos!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

----------------- Do tempo e de ser feliz -----------------

"riminhas
tosquinhas,
porém bonitinhas"
hahaha

O amor traz paz
paz para o meu coração
e o tempo conosco
canta a canção

Vamos seguir
não há multidão
há apenas verdade
na nossa união!

Agora é a hora
de seguir com a noção
de que somos nobres
se juntos,
se unidos,
fazemos diferenciação!



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Desabafo

Não quero mais esse mundo caduco que me rodeia.
Não quero mais.
Chega de esperas vazias,
de esperanças depositadas inutilmente.
De acreditar e quebrar a cara.
Ninguém consegue nada se lamentando,
ninguém consegue nada esperando,
desejando, vivendo de fantasias
ou vivendo de ódio e frieza.

Essa loucura comum nos faz só,
quando vemos, conversamos com fantasmas,
nos deparamos com pessoas estranhas
porque acreditávamos na utopia
na utopia de criar uma vida
uma vida em cima do amor dos outros,
do carinho dos outros...

Nossos sonhos são nossos,
não devemos construí-los em cima de ninguém.
Ser humano é falho,
erra, magoa, tem vontade própria!
E tem a estranha mania do esperar-receber amor,
para começar a distribuí-lo.
Criamos relações supérfluas,
deixamos pra lá o que deveria ser dito,
engolimos sapo apenas
para que no dia seguinte
possamos cuspi-los na cara dos outros.

Porque esperar?
Porque sonhar e SOFRER acaba sendo mais comodo?
Chega dessa agonia!
Quero me libertar dessa maldição,
quero poder viver,
quero poder ajudar e ensinar
que apenas quando abrimos o coração e a alma
é que teremos e poderemos viver com amor, e pelo amor.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Meu coração Sertão

(para um Lobo!)
Eu queria poder te ver, te olhar nos olhos,
te sentir pertinho de mim um segundo que fosse.
Pedir pra ficar comigo e ficar feliz...
No fim ver seu sorriso,
embutido em uma foto linda,
em uma noite,
em uma vida linda.
Queria que tudo passasse e de repente se fosse um ano,
junto com todos os medos, as incertezas, as dores e sofrimentos,
junto com o rancor e o desanimo,
junto com as más lembranças.
Que só restasse você, eu, e um amor inteiro,
com uma vida pela frente,
com uma alegria pela frente,
com uma fé pela frente.
Como uma florzinha que nasce no chão árido do sertão.
E que essa florzinha fosse assim em nosso coração,
como já foi um dia, como é e tem que ser...

Karoline Coelho de Andrade

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Som do Amanhã

O amanhã é como o eco
É feito no presente
mas fica no passado
e se repete, no futuro!