Em homenagem
aos verdes e pálidos olhos
eu bebi
uma garrafa de cólera.
Quero explodir você,
ver seu esguio corpo
dobrar-se ao meio.
- Desejo fascista!
de convulsionar suas vísceras
fazê-las espasmos cósmicos
da, finalmente,
chegada morte do Universo.
Enquanto sou dobrável e reclinável,
poltrona macia
você cínico, de patológico siso
perderá todos os dentes.
Vê-los corroídos pelo ácido
de minha própria saliva.
Quero afogar você,
ver seu esguio corpo
debater-se epileticamente.
- Desejo de destruição!
de esmagar seus miolos
fazê-lo de formas intermináveis
e, ver você pedir a própria morte
como um suicida.
Quem sabe assim,
apareça n'algum lugar seu coração,
-Quem sabe no pé!
Quem sabe....
o verde de seus olhos ganhem cor
enquanto lágrimas de vidro
escorrem
como sangue.
{maio de 2016}
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Longa noite, frio e chuva. Desconhecidos em um bar. Clichê. Nada há de novo, a não ser os seus olhos. Não eram de um novo clichê azulado como o céu, nem verdes como florestas profundas. Eram castanhos e enormes. Ordinariamente castanhos. E me fitavam no meio escuro, com um brilho que jamais encontrei em outros olhos. Eram dois dantescos abismos que me comiam viva e no fundo dois quais era possível descobrir chamas que mais tarde acenderiam meu corpo para nunca mais apagar. Brilho do nascimento de estrelas. Sou inteira brasa, que queima como se no inferno estivesse, como um incenso que exala seu cheiro. Me apaixonei no instante em que vi estes olhos, c'orgulho não reconheci. Tarde pude perceber que amor assim não deve minguar de desperdício. Jogamos fora o amor é nos jogarmos juntos. E foi o que eu fiz, não foi?
sábado, 15 de outubro de 2016
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