sábado, 31 de julho de 2010

Intensidade

De ti, nada sei. De mim, pouco esperei. Mas existem certos laços que já estão feitos, antes mesmo de que possamos vê-los e reconhecê-los, por isso suplico... Sei bem o que sente, porque teus olhos dizem sua alma até quando estão fechados, porque teus gestos pintam todo o seu quadro cúbico e multidimensional...

Não importa se está chovendo, ou se o sol está no alto com toda plenitude, o teu arco-íris é o único que sempre desejei e sempre vejo. E vejo apenas quando me respiras, quando me paralisas e tira o tom cinza mofo da vida insípida, insossa, insolúvel, insistente e insofismavelmente insustentável.

O que está a esperar? A epopeia de minha morte?

Devora-me, devora-me paixão ardil, consuma-me inteira, até que só reste o meu sangue e a tua plena graça, até que só restem do pranto as lágrimas secas, ou a gargalhada ensandecida. Pois de ti não quero mais nada além da força e da intensidade. Quero vida imersa no surreal, carne, sabor e cor.

Agarra-me com teus trêmulos braços cheios de vida pressentida. Ah... lindos olhos verdes de mar profundo, olha-me, olha-me, não se esqueças de mim, não se esqueças do meu amor e vocifera seus beijos tirânicos em meu todo corpo, todo calor, até o fim de uma eternidade.

sábado, 24 de julho de 2010

Mas eu sinto demais, sinto tanto que nem sei onde guardo tanto sentimento e vou socando e socando “guel'abaixo”, só que tem sempre aquele hora em que não dá mais pra guardar tanta coisa, porque “nenhum saco é sem fundo.” E você chora e chora e chora... e poderia ficar chorando por horas a fio! Sorte é quando se tem alguém pra abraçar e chorar no colo. Dá conforto, carinho e amor. Saquinho dos sentimentos esvaziado, pronto pra estourar novamente!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Fugidios

Estávamos sós,
naquele canto
tão cheios de espanto
tão cheios de amor.
Tão entretidos
em nossa harmonia
que os nossos ouvidos
não ouviam mais nada
a não ser o som de nossa fala
de nossa carne entrelaçada
de nossos corações.

Lá, naquele canto...
sequer temíamos algo
e desconhecidos
éramos do mundo.
Lançados, em aventura tal
que qualquer coisa
que se aproximasse
que nos chamava
bem vinda não era
pois não cabia no mundo,
no nosso mundo
que criamos
que desvendamos
e que amamos!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O que será, que será?
Que vive nas idéias desses amantes?
Que cantam os poetas mais delirantes?
(Chico)

Humm...