segunda-feira, 19 de julho de 2010

Fugidios

Estávamos sós,
naquele canto
tão cheios de espanto
tão cheios de amor.
Tão entretidos
em nossa harmonia
que os nossos ouvidos
não ouviam mais nada
a não ser o som de nossa fala
de nossa carne entrelaçada
de nossos corações.

Lá, naquele canto...
sequer temíamos algo
e desconhecidos
éramos do mundo.
Lançados, em aventura tal
que qualquer coisa
que se aproximasse
que nos chamava
bem vinda não era
pois não cabia no mundo,
no nosso mundo
que criamos
que desvendamos
e que amamos!

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