Entrego-me inteiriça sobre tuas mãos,
como um cordeiro entregue a seus deus
em sacrifício;
porque de mim, nada serei sem ti.
É melhor ser morte e imolação
do que secar incólume,
junto as folhas, no triste outono.
Saberei escorrei meu sangue em seu corpo
para que o ciclo não se quebre, e
com o fim desta vida terrena
possa renascer o nosso amor.
E, enfim, quando chorares minha perda, esganecido,
veja como na morte a vida se completa e surge,
num eterno retorno de águas.
Um comentário:
Me preocupa de onde veio a necessidade em dizer isso. Mas se faz da miséria uma necessidade de poética eu fico contente em saber que da tristeza consegue dançar. Como um rito erótico com as palavras.
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