Parece que a precipitação sempre lhe ocorre. E o precipitar é sempre inoportuno. Coincidências do acaso, mas sempre quando precisou gritar, sair correndo ou enfrentar a fera, a precipitação era pra seu precipício interior, o que no mundo, o reflexo acaba sendo o seu silêncio. E em horas assim calar-se acaba sendo tão inoportuno quanto a precipitação.
E, por fim, quis grudar-se à terra, como se fosse só raiz, e desaparecer como qualquer poeira. Mas ao acreditar que toda matéria é vida, percebe-se que a poeira também se acomete do sofrimento, e mesmo que desapareça, para ela, sempre estará em algum lugar.
17 de julho de 2011
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