quarta-feira, 18 de abril de 2018

Amar despedidamente

Amo-te, assim, distante, pequenina
como se a despedida
fosse a primeira e a última
representante de uma ars aeterna
de amar.

E de tanto amar-te 
assim, longínqua
como uma Hilda perdida
como se te perdesse
sempre 
te encontro.

Nos jornais, nas estações, nos sorrisos e noutras bocas,
te encontro em todas as composições. 

Você não foi 
meu primeiro amor
mas é como se tivesse sido,
não será, tampouco, meu último amor
mas é como se sempre o fosse.

Despedida como essência de amar
e nela nos liberto e nela nos ato, e nela despedidamente te amarei.

{20 de março de 2018}

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