segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Auto-descompreensão

Queria ser apenas terra,
porque momentos de compreensão são raros, independentemente de quem aconteça (nós mesmos, irmãos, amigos, amores...); raros como um eclipse, e de momentos tão curtos e longínquos; tão inverossímeis como o olhar sincero de quem só conhece a mentira.
Ser apenas terra,
profícua.
Ninguém pode verdadeiramente compreender ninguém, e a terra, ela não precisa ser compreendida, ela simplesmente existe e ponto. Não precisa de ninguém, nem de si mesma, pois é tudo, e ao mesmo tempo.
Compreender,
que (o) nada precisa de explicação.

4 comentários:

Lerichsen disse...

"Ninguém pode verdadeiramente compreender ninguém, e a terra, ela não precisa ser compreendida, ela simplesmente existe e ponto."

Bom trecho.

Ai deliramos com a filosofia, biologia, história, física, linguagem e tudo mais que for possível de criar nessa delirante vida. Querendo dar formas, nomes e explicação.

Seus textos são cada vez melhores.

Anônimo disse...

É, cada dia se superando mais e mais hein!
Um dia eu escreverei assim como você, moça sumida! rss

K. disse...

Hauahuah valeeeeeeeu :D

LoLo Dantas disse...

own! meu orgulhinho!

Sim, e complementando Lucas, isso me lembra Augusto do Anjo que adora misturar outras vertentes de ciencia em sua poesia...
=)