quinta-feira, 21 de março de 2013

Ser, o social.

O homem é um zoon politikon, é social, mas é animal; linha tênue que, às vezes, para não dizer sempre, é difícil de distinguir - na roda, quando todos estão, alto, a falar, o animal parece calar-se, observa, não sabe reagir. É que a natureza não tem palavra. À sós, cria um mundo inteiro: ideias, politicas, razões e números... 

Ou será o oposto?

E de quê serve tudo isto, para no fim, desaparecer, com a morte? 

Mas a arte é eterna, já dizem. Muito mais que a economia, a política, o capital ou o social, valor de uso, valor de troca. Valor. Na arte nos encontramos, sujos, sedentos, lascivos e belos. O outro não é só um alvo, um interesse, um número, é nós. Na arte, somos todos e apenas homens. Mas o que é o homem?

Mas o que é tudo isso? O que são todos esses signos?

5 comentários:

Lerichsen disse...

A força da arte, da vida.
Na arte não tem essa de homem ou de animal.

Que bom que você disse algumas coisas nesses texto que não me deixam mais acreditar que estou sozinho com esses meus pensamentos.

K. disse...

Parece, mas agente nunca tá sozinho! :)

Anônimo disse...

Aprendi com dois mestres, dois filósofos, que: "o que é?", "o que são?", "o que significa", nunca são boas perguntas, porque inevitavelmente nos jogam no caminho das representações.

Segundo eles, todas as representações são meramente objetos paralisados, velhos simulacros formados pela nossa razão que não dá conta de pensar a vida, pensar o diferente pelo diferente; ou seja, criar um plano de imanência para novas topografias: os matemáticos criam novas fórmulas para descrever novas topografias.

Talvez, segundo eles, boas perguntas começam assim: "como funciona?", ou, "como age?". Dessa maneira, podemos experimentar diretamente as perguntas através de suas funções e topografias, descrever novos territórios, traçar planos, e não ficar andando em círculos, como fazem os questionamentos que buscam significados prontos, ou palavras prontas para dizer o indizível...

Enfim, isso é tipo de papo muito complexo que faz doer a cabeça da gente...rsss

Té mais...

ah,antes de ir, só pra terminar, penso eu:
eu, você, não estamos sozinhos;
somos seres ligados pelas infinitas linhas do universo.
talvez o que nos deixa com a sensação de solidão, é que estamos cercados
pelas paredes do invisível.


Do
"Leitor Anônimo"

Anônimo disse...

Perguntas como "o que é?" e "o que são?", nunca deixam de ser "boas", pois nos levam a ângulos infinitos, a todas as direções. Como dito é tentar dizer o indizível. E sim, é essa a intenção! Não se quer obter significados prontos.
Perguntar como as coisas agem e funcionam nos levam a caminhos estreitos, é vestir cabresto. É buscar um fim. Aí nem circulo há, mas percebe-se a tentativa d chegada a um significado.
Refletir não é produzir.

Que a razão não abrange a vida td mundo sabe.
Acreditar que aquelas perguntas nos levam a representações é criar uma representação, pois as vê como objetos paralisados.
Parte da ideia d que estão esgotadas e sem serventia, quando NÃO SE ESTÁ A BUSCA DE NADA, apenas de um processo, liberdade de pensamento.

Esse tipo de papo faz doer a cabeça pq é bobagem.
Somente se indica um método de questionamento. Não pergunta nada.
Não entra na filosofia, no caos, onde realmente dói a cabeça, fica num plano externo, onde é seguro e não se machuca na briga. É análise/observação, não filosofia. É crítica à filosofia haha.

Ao perguntar o que é o homem, necessariamente, se pergunta como age e funciona. Visualizar uma diferença astronômica entre essas "espécies" é uma limitação sei lá oq! Astronômica!!!

"Ler é pensar com a cabeça alheia."
Admiro muito a autora por pensar sozinha.
Primeiro pq traz perguntas, não tenta dar uma de professora,e segundo pq ler dois filósofos e compreender, ou achar que compreendeu é fácil.

"Rio-me de todos os mestres que nunca se riram de si."

Anônimo disse...

Desculpe, amigo(a). Acredito que você não entendeu a minha proposta.

Não quis "dar uma de professor" (por mais que eu trabalhe profissionalmente como professor de filosofia e história). Não quis em hipótese alguma afirmar que o texto da autora está errado, simplesmente escrevi as coisas que o texto me fez pensar, o que liberou em mim e para mim, a felicidade que me fez tê-lo lido, só isso. Não o que é certo, ou errado... não sou dono da verdade. Simplesmente uma proposta, entre tantas...

Usei dois filósofos pra mostrar uma proposta de pensamento sobre um problema que a autora colocou, simplesmente porque os dois filósofos em questão são de uma escola de pensamento que tenta romper com o conceito de representação do transcendente por uma proposta de imanência. A ideia de representação que você entendeu e o jogo de linguagem que você fez pra tentar desacreditar o conceito, é outro papo, é uma outra discussão.

Você, antes de criar um diálogo com meu texto por apresentar a sua opinião, questionar, perguntar, propor uma análise lógica, uma discussão; simplesmente preferiu tentar desqualificá-lo e me desqualificar usando de recursos retóricos muito comuns: Reductio ad absurdum e Argumentum ad hominem.

Infelizmente a Internet está cheia de pessoas como você, que por problemas de auto-estima preferem atacar outras pessoas pra poderem se sentir mais inteligentes.

Aconselho você a consultar um psicólogo ou psiquiatra, caso ainda não tenha feito, ou fazer trabalhos manuais.

Se você ler com atenção o meu texto e ler o seu, você mesmo chegará à conclusão que tentou me tirar de sabichão mas na verdade foi você que não soube rir de si mesmo.

Pra terminar, deixo uma frase que o Baruch de Espinosa escreveu a um crítico dele chamado Ultrecht (uma pessoa que era igual a você, que não sabe criar uma boa relação de amizade e respeito com pensamento e com outras pessoas):
"Acho que os ignorantes são sempre os mais temerários e os mais dispostos a escrever. Parecem expor sua mercadoria para venda como os mascates que mostram primeiro o que têm de pior."

Fique bem.

Abraço

Do
"Leitor Anônimo"