quarta-feira, 27 de março de 2013

Caminho livremente pelas ruas. O sol de outono insiste em ser verão e queima. Há tanta claridade e eu gosto, procuro ouvir o som do mundo. Carros, buzinas, vendedores ambulantes, pássaros, musica sertaneja.
E eu passo por vários corpos e não há toque, apenas movimento, este que parece incansável e tão permeado de sincronismo. E eu não vejo os rostos... porque todos olham para baixo? 
E o pobre diabo aqui, com o nariz empinado, 'mó' arrogante. 
Parece medo de encarar a vida de frente.
Parece cansaço de encarar a vida de frente. 
Parece que eu é que sou ingênuo e vejo beleza em qualquer lugar.


(21 de março de 2013)

Um comentário:

Anônimo disse...

Também adoro o outono, é muito bonito, tem um charme especial. A beleza é sempre um pouco ingênua, não tem tempo pra virar razão. Por isso que ela é mais sensação do que lógica, acho eu...
Como sempre, seus textos são tão bonitos e inteligentes, me deixam muito bem.
Quando posso, sempre passo por aqui. as vezes paro por muito tempo, escrevo; em outras é muito rápido, que não dá tempo de escrever.
Aguardo outros textos...

Do
"Leitor Anônimo"