Caminho livremente pelas ruas. O sol de outono insiste em ser verão e queima. Há tanta claridade e eu gosto, procuro ouvir o som do mundo. Carros, buzinas, vendedores ambulantes, pássaros, musica sertaneja.
E eu passo por vários corpos e não há toque, apenas movimento, este que parece incansável e tão permeado de sincronismo. E eu não vejo os rostos... porque todos olham para baixo?
E o pobre diabo aqui, com o nariz empinado, 'mó' arrogante.
Parece medo de encarar a vida de frente.
Parece cansaço de encarar a vida de frente.
Parece que eu é que sou ingênuo e vejo beleza em qualquer lugar.
(21 de março de 2013)
(21 de março de 2013)
Um comentário:
Também adoro o outono, é muito bonito, tem um charme especial. A beleza é sempre um pouco ingênua, não tem tempo pra virar razão. Por isso que ela é mais sensação do que lógica, acho eu...
Como sempre, seus textos são tão bonitos e inteligentes, me deixam muito bem.
Quando posso, sempre passo por aqui. as vezes paro por muito tempo, escrevo; em outras é muito rápido, que não dá tempo de escrever.
Aguardo outros textos...
Do
"Leitor Anônimo"
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