segunda-feira, 18 de junho de 2012

No passo das horas...

Como pode o dia começar se nem mesmo amanheceu? Do escuro foi para o nublado, e da luz do sol, nem sequer um raio eu vi. E as pessoas andam apressadas com seus guarda-chuvas, mas onde está a chuva? Será a miopia que não me permite vê-la, ou ela anda escondendo-se de mim, aparecendo, apenas, no chão molhado e no meu cabelo e roupas umedecidos?
Em verdade, chego à conclusão: o dia, Hemera, resolveu pregar-me uma peça, absteve-se, paralisando a obra de Chronos às  seis horas da manhã de um dia de inverno, menos frio do que úmido. 
Porquê? Seriam motivo as minhas brigas diárias com este deus, não raras vezes, devastador?

Por fim, declaro, que o dia então comece, não mais pretendo atirar-me à uma luta fadada à perda. Não pretendo mais brigar com deuses, agora, apenas almejo a tranquilidade que me abre a porta. 

Assim, bastou-me piscar os olhos, e o relógio já me acusa às dezoito horas. Aqui, o tempo volta a voar, lentamente. Os carros passam, a chuva é vista e o céu escurece novamente. Agradeço enfim, por passar pela vida e percebê-la de coração aberto, uma vez que, nem mesmo a falta de sol,  será capaz de turvá-lo, e o seu, anda nublado? 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O homem sonhador vêm abrindo os gomos do Tempo, assim como fez o escritor moçambicano... e a chuva lhe mostra aquilo que nem o transcorrer dos dias é capaz de ignorar. 

terça-feira, 22 de maio de 2012

Ódio mais amor, quem foi que inventou essa fórmula esmagadora??

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Inexprimível?

Êxtase. Euforia. Tranqüilidade. Alegria. Todos juntos. Ah... como é difícil sentir isso no dia-a-dia que só nos soca dentro de paredes intermináveis. Como é bom ver isso, como é bom renovar o coração. É tão sublime não ter palavras para medir uma situação! 
Encontro. Caminho aberto. Rosto desnudo. Alma lavada. Mundo absurdo. Ternura. Bobeira. Tremedeira. Coração aos pulos. 
Simplesmente sentir-se vivo! E palavras são sim, apenas o que elas dizem, por isso, hoje, não vou muito além daqui, sem mais palavras, com apenas vida, muita vida. Que é sim pra ser intensamente vivida. 
Abaixem seus muros, derrubem suas máscaras, afoguem os abismos. Quem quer passar, passarinha e quem quer amar, não precisa de ninharia! E que nos encontremos eternamente, no hoje e no amanhã! Porque o medo, a decepção e a mágoa, são apenas palavras, que se quebram facilmente no ar.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Notas de sete de maio

Um pouco mais de alma nos seus sonhos e, um pouco mais de sonhos na sua alma, por favor.

*

Um sopro de coração na vida: a chamada esperança.

*

Um brinde ao amor, e um gole ao ódio, para que se apimente a vida.

sábado, 5 de maio de 2012

Nota

O resumo de uma vida: Chorar quando não se deve, e não fazê-lo, quando o dever me pede!

quinta-feira, 3 de maio de 2012


Não, não...
não sou eu quem tem medo da solidão!
Pois é minha companheira nas horas de imensidão!
Por favor meu amigo, meu irmão, 
não critique este chavão:
quem tem medo da solidão,
tem medo do próprio coração!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Amor?

Tantos nomes, tantos corações, amar as pessoas como se não houvesse amanhã, Renato? Sim, meu coração é maior que o mundo, Raimundo, compreende uma gama de paixões, emoções e amores... Mas o mundo não é tão grande assim, e nem eu sou. Sou mísera partícula em constante choque com o universo. O que é um grande caos, que, por sua vez, não gera estrela alguma. Ao menos nunca vi uma, Sr. Filósofo. Só tento a pensar que todo o caos tende a explodir, e após as explosões o que acontece? O nada surge com sua grande resposta. Mas desta resposta eu não preciso.
Sim, eu amo esse caos e vivo, sem dúvida, mais internamente do que externamente, é lindo o Jung dizer coisa parecida, mas a beleza não salva porra nenhuma não, caro Russo, e com o perdão da palavra. Estou acordada para o sonho da vida, mas quem irá me acordar do meu sonho da alma? Será que é apenas um sonho, o tempo, o tempo... águas que inflamam, cegam, e no final surge uma flor? Não. É como a cegueira branca de Saramago, traz o caos ao seu extremo, e no final é tudo lixo e destruição que se vê. Mas eu não quero ver, e as vezes, quero parar de sentir. Apenas parar...

E aqui, ainda faz frio.