Tarde de sol, calor insuportável, as pessoas iam e viam cabisbaixas, como se não houvesse esperança. Meu suor escorria pela testa enquanto procurava uma sombra para me refugiar. O calor aumentava junto com a minha angústia.
Com as percepções alteradas e os miolos derretendo vi duas crianças brincando no parque. Eram lindas, inocentes e festejavam o verão. Nostalgia... mas de quê? Se eu nunca vivi nada parecido?
Então pensei, ao encostar-me em uma árvore "o mundo é bonito, mesmo não sendo o meu". Em meio a tanta tristeza e pessímismo restava algo de bom.
Lágrimas e suor salgavam a minha bcoa, e eu, imaginando ser uma alucinação vi as duas crianças andarem ao meu encontro: "Papai vem brincar!"
Essa frase simples dita em tom tão suave me espantou... eram meus filhos!! Então eu entendi a angústia, a nostalgia e o certo desamparo a que me submeti.
Meus filhos, meu reflexo, minha vida. E suas alegrias eram reais e puras que me lembravam aqueles meus sonhos de criança, em que ficava a olhar da pequena janela do meu quarto nos domingos de frio e neve. Sonhos esses que eu nunca realmente vivi, e que agora, estavam diante dos meus olhos.
PS: essa é uma redação avaliativa para o colégio, acredito ter zerado, pois pedia discurso direto. A burrinha aqui esqueceu a diferença entre o direto e o indireto... ¬¬
2 comentários:
Filhos...
queria alguns um dia desses
é... o começo era familiar a mim, eu não zereeeei e nem você, "burrinha"!
ficou muito bonita a sua, a professora deve ter ficado com dó!
=)
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