Com o sol batendo em minhas costas e um pássaro a cantar no fundo, (visão bonita não?) o vazio me invade... mesmo já estando aqui a Eras. O mundo... a natureza é tão grande e bela, sinto minhas dimensões diminuirem. Sou um pequenino rato branco encarando a morte de perto, nos olhos da cascavel.
Para a minha surpresa, o vento acaricia o meu resto e eu sinto o seu amor por alguns instantes. Mas a tristeza ainda me assola afogando meu coração. Nadar contra a corrente não é fácil e eu estou prestes a cair... perguntas me vêm: porquê? Qual o sentido de tudo?
'Senhor Deus dos Desgraçados'... porque não posso entender que não há sentido? Que apenas nascemos para um dia morrer?
O pranto agora me é tão forte e instintivo, mesmo que meus olhos estejam impedidos de derramar uma gota de lágrima sequer... Sou de outro planeta, outro universo, outra dimensão. E estou preso na Terra, esse planeta tão vivo e tão morto, por raízes que não são minhas realmente.
Qual seria a solução para tanto embaraço, desespero e fúria? Sua falta me consome e eu quero fugir. Jogar tudo pro alto e sair correndo. Ver quem corre atrás para me segurar antes que eu me perca. Meu medo é que depois de tanta coragem, não reste ninguém comigo, além do indesejável que sou...
Sinto que o que me resta é seguir a existência ignóbil a que todos se sujeitam... somos escravos do sentido que queremos ser.
(continua...)
3 comentários:
Como uma existencia pode ser ignóbil se todas elas são? Se não assim o fosse, então ai seria a novidade...
continua...
http://cinemadebuteco.blogspot.com/search/label/A%20Insustentável%20Leveza%20do%20Ser
Saca isso! o filme do livro!
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