segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Desesperado...
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Pseudo-conto :)
Por isso beijei-a, sem mais nem menos... foi tanto ardor, tanta vivacidade, expresso no beijo, e principalmente no que aconteceu em seguida: o tapa! Seus olhos vidrados de espanto, mas tão vivos... Não resisti, mais um beijo. E este...? aceito!
E os olhos dela encontraram os meus, brilharam... eu a amava, e ela me amava enfim!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto ainda eu sei, pra você correr macio..
Vida, amor, morte, ódio, sofrimento, alegria e todo uma imensidão humana, sempre o tempo a me assolar, trazendo à tona passado, mentalizando futuro... E meu desejo apenas é de seguir no presente, continuar vivendo inteira, mesmo com cortes profundos e radicados na alma.
Será que essa imensidão humana cabe no meu coração?? São tantos anseios, tão pouco tempo pra tudo, tão pouco tempo pra amar, pra "almar"... Sim, "almar", por a alma exposta sem medo, por os sentimentos à prova.
Seguir o coração é ruim, cansar também?? Se não é que quando estamos cansados é que nos damos conta que seguimos a direção errada, que deixamos algumas partes nossas de lado?? Cansaço é sinal de que nem tudo está bem... cansaço mental, cansaço emocional...
Liberdade. A anseio, a amo, mas a possuo?? Nem toda prisão é feita de barras de ferro. Há prisões que não vemos, que não podemos tocar, que não ousamos ultrapassar. Mas são essas prisões as que fazem mais mal, as que maltratam de maneira irreparável.
Não tenha medo da tormenta e nem da dor. Sê seguro, sê rijo... sê inteiro... A vida é uma dádiva não é??? Então quero continuar seguindo a dádiva, amando a dávida que possuo.
Amar quem amo, quem é certo. Acontecimentos são fortuitos, e certas coisas acontecem na hora certa, na medida certa e no tempo certo... Aprendo e cresço com isso.
Puts, estou com uma impaciência danada hoje... chega de ladainha
sábado, 29 de agosto de 2009
Recorte da alma...
Não imaginou que seria assim, pobre menina que é, despertar o encanto de alguém tão raro como ele pareceu impossível aos pensamentos dela. Cada dia mais era envolvida pelos abraços ternos, pelas intermináveis conversas sobre literatura e artes.
Estava conhecendo um mundo novo, sentia-se bem, sentia-se leve... A agonia de outrora dava lugar a um mundo de novas sensações, de novas descobertas. Deixou para trás toda a amargura que sua cidade lhe apresenta, estava encantada, se perguntava como tudo podia ser exatamente como seus sonhos.
E apesar de todo o deslumbre, de toda a perfeição dessa nova vida, ela anseia apenas uma coisa: ser amada com a mesma intensidade que os olhos dele possuem. Mal sabeque aqueles olhos apenas mostram o quanto ele quer amá-la e ser feliz ao lado dela.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
sábado, 15 de agosto de 2009
Quando foi sua maior felicidade?? (Depoimento de um anônimo)
Dizem que a felicidade vem quando menos se espera, assim como o grande amor, as grandes realizações... foi assim que minha vida mudou...
Cansado da minha rotina, peguei algumas roupas, dinheiro e minha mochila e fui pra rodoviária. Ainda não sabia que destino tomar, decidi a viagem mais longa, mais impossível... vou ao Amazonas.
Até pegar o ônibus me alimentei de uma coxinha gordurosa e refrigerante, mas meu maior alimento era a vontade de aventura, era a esperança de esquecer de tudo... Quando o tempo foi passando, não sei se foi a ansiedade, ou a comida ruim... meu estômago revirava-se de todas as maneiras impossíveis.
Chegou então a hora da viagem, passagem na mão e coragem na cara, ônibus vazio, éramos cinco passageiros, dentre nós uma família indígena, olhos puxados, pele amarela... de repente sonhei ser índio, sonhei não conhecer a civilização e apenas viver da terra. Estranho esses pensamentos, sempre tive a idéia de que índio é vagabundo, e de repente estou eu nessa viagem...
Tirando a família, apenas mais uma mulher no ônibus, não era lá muito atraente, mas algo nela me despertou o interesse até que ela reparou e cruzamos olhares, veio até mim:
-- Posso sentar-me com você?
“Mas é claro que pode”, pensei, já estava me arrependendo do que fiz e uma conversa faria bem...
-- Meu nome é Sofia, e o seu?
--Raimundo.
--Hum... então Raimundo, porque está indo ao Amazonas?? Confesso que fiquei intrigada, você não parece alguem que goste de florestas, é... como posso dizer... seu visual é todo moderno, e você está levando celular, mp3, notbook... estranhei sabe.
Expliquei-lhe por cima o que havia acontecido e até confessei que estava me arrependendo e entrando em certo estado de pânico... Ela riu de mim, não gostei, mas reparei em seu sorriso que era lindo.
Muita conversa e ela me explicou que era uma bióloga, estava indo estudar a fauna da floresta, para um grande projeto de preservação do lugar... Ela falava com um brilho os olhos, um tom de fascinação pelo que ia fazer, cheguei a ficar super interessado.
Chegamos em Manaus a noite, colei em Sofia pois não tinha nem idéia de pra onde ir... ela me convidou a ajudá-la em seu trabalho, tudo nela era irresistível, não foi difícil aceitar o convite, estava entusiasmado com tudo aquilo.
Enfim, foram três meses de felicidade, que chegou com uma simples loucura minha... quando voltei pra São Paulo, minha vida era outra, tinha uma namorada linda e inteligente, estava envolvido em um projeto maravilhoso, aprendi a amar verdadeiramente a natureza e até aceitar a realidade indígena, pois foram eles os maiores contribuintes para o projeto de Sofia.
E você, quando foi sua maior felicidade?? Quando sua vida mudou??
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Expressão humana
Mesmo assim, as vezes, é difícil que uma expressão saia perfeita. Muitos fatores contam, sendo eles externos, como o mundo que nos rodeia e suas transformações; e internos, como sentimos o mundo e aceitamos suas transformações.
E, não podemos nos esquecer que a própria linguagem possui falhas. Como por exemplo: quando digo "amor" cada pessoa pode pensar coisas diferentes ( a imagem de um coração, a pessoa amada, etc). Mas falar "amor" é diferente de senti-lo, pois quem sente amor, também sente paz, aconchego, carinho, respeito, fé e tantos outros sentimentos e sensações.
Pensando nisso, conseguimos entender porque tantos conflitos são gerados: meros maus entendidos. Ou nos expressamos errado, ou a interpretação foi errada. Sim porque não basta apenas uma boa expressão, essa expressão precisa ser bem recebida e bem interpretada.
Tanto na transmissão quando na recepção de uma expressão se houver algum pré-conceito ou certa intenção, uma simples troca de idéias, de expressões, podem tomar rumos diferentes. É exatamente por isso que sempre que queremos expor uma idéia, sentimentos, ou uma visão de mundo devemos tomar cuidado com o meio de expressão que usamos. E o mais importante: estar com o coração sempre aberto.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Desabafo
Não quero mais.
Chega de esperas vazias,
de esperanças depositadas inutilmente.
De acreditar e quebrar a cara.
Ninguém consegue nada se lamentando,
ninguém consegue nada esperando,
desejando, vivendo de fantasias
ou vivendo de ódio e frieza.
Essa loucura comum nos faz só,
quando vemos, conversamos com fantasmas,
nos deparamos com pessoas estranhas
porque acreditávamos na utopia
na utopia de criar uma vida
uma vida em cima do amor dos outros,
do carinho dos outros...
Nossos sonhos são nossos,
não devemos construí-los em cima de ninguém.
Ser humano é falho,
erra, magoa, tem vontade própria!
E tem a estranha mania do esperar-receber amor,
para começar a distribuí-lo.
Criamos relações supérfluas,
deixamos pra lá o que deveria ser dito,
engolimos sapo apenas
para que no dia seguinte
possamos cuspi-los na cara dos outros.
Porque esperar?
Porque sonhar e SOFRER acaba sendo mais comodo?
Chega dessa agonia!
Quero me libertar dessa maldição,
quero poder viver,
quero poder ajudar e ensinar
que apenas quando abrimos o coração e a alma
é que teremos e poderemos viver com amor, e pelo amor.
domingo, 26 de julho de 2009
Impaciência
Acho que estou velho, mesmo com meus 20 e poucos anos... acho que estou cansado, mesmo tendo passado o dia em casa, sem fazer nada.
E nada muda...
Espero inutilmente o telefone tocar, a campainha tocar... mas não toca! Só escuto os infernais pingos da torneira do banheiro; o “tic-tac” do relógio que me lembra do tempo que não passa aqui. Mas quando vejo, foi-se meu dia, foi-se minha alma... Perdida entre humanos corrompidos e estúpidos.
Não sei mais, me sinto como um estranho longe de casa, sem amigos, sem namorada... não mereço essa solidão. Não mereço essa dor... Angústia, mágoa, incredulidade... e o mundo me mostrando que a bondade é lenda. Que o ódio-fogo apaga, mas é ele que queima e destrói.
E o ódio que destrói.
E a loucura vem me procurar nas horas escuras, e eu procuro uma estrela em vão. Procuro em vizinhos, colegas... em jornais, na televisão, no rádio. Eles... como o mundo, me lembram da menina atropelada em frente ao prédio, do casal que matou a senhora por 3 dólares, do político corrupto, da escola em recesso porque foi alvo de vândalos... da mata queimada, da água desesperada, da sede suja... da fome límpida!
Sou apenas um homem que vê um mendigo e chora, que vê um drogado e grita. Apenas um homem, que estende a mão e leva rasteira. Apenas um homem... Alguém que sente o cheiro do luxo e vomita.
E nessas pensamentos desnecessários continua a luta contra um mundo fadado ao fim, contra uma alma inquieta que se sente inútil, débil e incapaz... Mas mesmo assim, prefiro a solidão, o frio, a ter que aceitar o ódio, o comodismo, o interesse, a falta de alma dos homens. Se sou o único, sinto muito "meu deus', mas mande para o inferno essa Terra maldita...
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Brincando com tinta guache :)
Fernando Pessoa
Caminhando devagar e sempre a cada luar, a cada amanhecer... estremeço se paro, parar é perder-se e só quero seguir em frente...
Só quero deixar aquela carcaça do tempo perdido, do sonho não vivido... Não adianta lamentar, não adianta chorar. Só adianta viver. Só adianta mudança.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Julgamento
Para mim, certo é agir com o coração. É agir com a alma... mesmo que dizer que algo é certo seja uma idéia tão vaga... Concordam???
Foi o que pensei...
Matei um homem; e isso foi certo, agi com a alma, com a emoção, com o coração!
Todos diriam que é errado em qualquer das circunstâncias... que eu deveria ser preso, condenado, morrer em uma prisão. Mas foi certo! Matar foi certo.
Peguei uma faca e não hesitei ao cortar a garganta do maldito e até posso surpreendê-los dizendo o quão doce foi ver o sangue se esvair de um corpo inerte. Um corpo doce e repugnante que era aquele. Não fui monstro, não fui fera, não fui cruel... Fui homem!!
Um homem, não se acovarda, não foge e não se finge de morto para proteger a própria vida enquanto escuta o grito dos desesperados. E é por isso que o julgamento é tão prepotente, que os fatos são tão absurdos. O que é certo para mim, no caso é errado para vocês, mas posso dizer que o ridículo preconceito que sentem contra negros como eu é tão ou mais errado que matar uma pessoa.
Preconceito fere, humilha, deixa cicatrizes na alma e faz com que o ódio, rancor e desgraças se multipliquem. Matar não, como eu matei não! Matei e limpei o mundo de mais uma sujeira humana. Porém sujeira humana é a raça negra não é???
Não adianta virar o rosto e ignorar a realidade... vocês só por serem brancos já me olha com desdém, já pensam inconscientemente “tinha que ser preto”... Mas a verdade é aquilo que todos se esquecem para dormir tranquilos em suas camas. Foi um branco que destruiu minha família, foi um branco que pegou minha filha e mulher e as estuprou, foi um branco que as mutilou que as torturou dando risada e chamando-as de vagabundas por serem negras!! E isso, pelo amor dos céus, é errado!!
Matei, senti gosto em matar e faria de novo! Ao menos tenho eu a certeza que as vossas filhas e mulheres não passaram pelo mesmo horror... não pelas mesmas mãos brancas... Mas, senhores, se condenarem um reles “pé rapado” como eu, mais demônios como aquele verão que a justiça não existe, verão a chance de seguir em frente com o reinado de horror que tem se instalado em nossa sociedade!!
Minha família morreu... nunca mais terei felicidade, mas fiz justiça. É impossível ficar indiferente a uma situação dessas... Só peço que reflitam sobre suas mulheres, sobre seus filhos... sobre esse tesouro maravilhoso que é poder ter amor no próprio lar...
Sou negro, mas sou humano... e também sou errado, sim... E o homem que fez isso comigo? Era o quê?? Um pobre coitado pelo qual eu mereço ser condenado a morrer na prisão? Antes de matá-lo ele me matou da maneira mais podre que poderia existir...
quarta-feira, 24 de junho de 2009
sábado, 6 de junho de 2009
Tentação - Clarice Lispector
Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo.Lá vinha ele trotando, à frente da sua dona, arrastando o seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro.A menina abriu os olhos pasmados. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.Os pêlos de ambos eram curtos, vermelhos.Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se, com urgência, com encabulamento, surpreendidos.No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos - lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes do Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam.Mas ambos eram comprometidos.Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-lo dobrar a outra esquina. Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás.
domingo, 31 de maio de 2009
Real Amor Virtual!
é velho e eu não gosto.... odeio!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Meu coração Sertão
te sentir pertinho de mim um segundo que fosse.
Pedir pra ficar comigo e ficar feliz...
No fim ver seu sorriso,
embutido em uma foto linda,
em uma noite,
em uma vida linda.
Queria que tudo passasse e de repente se fosse um ano,
junto com todos os medos, as incertezas, as dores e sofrimentos,
junto com o rancor e o desanimo,
junto com as más lembranças.
Que só restasse você, eu, e um amor inteiro,
com uma vida pela frente,
com uma alegria pela frente,
com uma fé pela frente.
Como uma florzinha que nasce no chão árido do sertão.
E que essa florzinha fosse assim em nosso coração,
como já foi um dia, como é e tem que ser...
quarta-feira, 27 de maio de 2009
continuação...
A um passo de tomar coragem para lagar tudo e seguir em frente me indago sobre Anne. Será que ainda me ama, que pensa em mim... que se importa comigo ou com algo referente a mim?? Não sei... não sei... Há seis meses que não nos falamos, ela não atendeu meus telefonemas, não retornou... Aos “encontros marcados” não compareceu. Deve ter me esquecido.
Deve estar com outro, deve estar feliz, como nunca foi comigo! Fiquei me perguntando se ela seria uma das pessoas que me segurariam para que eu não me perdesse... e durante muito tempo tive a certeza de que seria a única a fazer isso... Mas agora, nem ela se preocuparia com o meu sumiço.
Anne foi embora, entrou e saiu da minha vida como um raio. Entrou por um acaso, mas saiu porque sou um pobre infeliz que não dá valor ao que ama. Destruí meu amor... destruí meu mundo. Minha existência é a mais ignóbil de todas elas.
Mas porque esse amor dói tanto? Essa tristeza não passa? Só depois de tanto tempo consigo compreender o mal que fiz, consigo ver o que um pequeno deslize pode acarretar... Comecei maltratando os que eu julgava inferiores a mim, e minha arrogância cresceu de tal maneira que a transferi para ela. Não bastava humilhá-la com palavras... então a humilhei com gestos.
Não basta arrepender-se, não basta pedir desculpas, nem sofrer como um cão as conseqüências do meus atos. Nada a trará de volta e nada será como era... E eu só queria saber se ainda resta um pouquinho de amor no doce coração de Anne.
Saber que ainda há algum amor, mesmo que minúsculo, me daria um pouco de forças para ao menos seguir em frente. Meu destino curva as minhas costas, o vazio é tão grande. Eu queria ver no escuro do mundo uma solução que não há, um amor que se acabou, uma felicidade que nunca existiu... Queria ao menos saber se a fiz feliz...
(continua)
segunda-feira, 25 de maio de 2009
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Sem título, ou "Quero um sentido!' ou "Pra bem Longe" ou ainda uma infinidade de títulos...
Para a minha surpresa, o vento acaricia o meu resto e eu sinto o seu amor por alguns instantes. Mas a tristeza ainda me assola afogando meu coração. Nadar contra a corrente não é fácil e eu estou prestes a cair... perguntas me vêm: porquê? Qual o sentido de tudo?
'Senhor Deus dos Desgraçados'... porque não posso entender que não há sentido? Que apenas nascemos para um dia morrer?
O pranto agora me é tão forte e instintivo, mesmo que meus olhos estejam impedidos de derramar uma gota de lágrima sequer... Sou de outro planeta, outro universo, outra dimensão. E estou preso na Terra, esse planeta tão vivo e tão morto, por raízes que não são minhas realmente.
Qual seria a solução para tanto embaraço, desespero e fúria? Sua falta me consome e eu quero fugir. Jogar tudo pro alto e sair correndo. Ver quem corre atrás para me segurar antes que eu me perca. Meu medo é que depois de tanta coragem, não reste ninguém comigo, além do indesejável que sou...
Sinto que o que me resta é seguir a existência ignóbil a que todos se sujeitam... somos escravos do sentido que queremos ser.
(continua...)
quinta-feira, 21 de maio de 2009
"Nossa... como assim?" - Me diga o que queres saber que eu te conto!
-Não, não. Fale o que quiser, tipo um resumo sobre você, ok?
-Mas é muito difícil... porque eu posso me permitir falar de certas coisas ou não. Você pode se interessar por um detalhe e a conversa girar em torno dele, e eu nem vou ter terminado de falar sobre mim. Além do mais, eu posso escolher o que vou te dizer, a verdade mesmo, ou uma linda mentira, não é? Afinal a minha vida não é um mar de rosas e eu preferiria falar sobre as coisas boas e não as ruins.
Mas... e se eu quisesse despertar um sentimento de compaixão em você? Eu dramaticamente contaria todos os problemas, derrotas e sofrimentos meus. "E não são poucos, porém procuro me fixar na parte 'feliz' da vida, sempre com esperança." Claro que não é do meu feitio falar assim, não sou nenhuma coitada para você ter pena, e eu nem gostaria.
[10 minutos depois]
Ixxii... mas pensando agora, você gostaria de saber isso sobre mim??
- É...
-... eu não falaria mesmo. E sem dúvida mudaria toda essa nossa conversa, falaria de cinema por exemplo, porque falar de mim é muiiiiito chato! Portanto... vai, me digas, o que queres saber em exato??
-Desculpe-me, tenho que ir... TCHAU!
"Eu hein, que maluco, se estava sem tempo porque puxou um assunto tão complexo!"
terça-feira, 12 de maio de 2009
Reencontro
No dia em que nos reencontramos me senti como se estivesse no dia antecedente a meu aniversário. Veio aquela ansiedade, borboletas na barriga. A vontade insana de gritar: eu sou feliz!Entrei naquele café, como quem não quer nada. Quando a vi sentada meu coração pulou para a boca. Seu semblante era triste, mas ela era linda. Nunca tinha visto olhos tão meigos; eles transbordavam carícias. Olhos que me seguiam e me chamavam.Naquelas perguntas de encorajamento como "você é um homem ou é um rato?", sempre me identifiquei como sendo o rato. Mas que surpresa, no instante em que a vi, o rato cresceu, e virou gato e virou cão. Me enchi de tamanha coragem que fui lá falar com ela.Sentei a sua frente e nós nos fitamos por segundos tão longos que pareciam séculos. Estávamos imoveis e o mundo já não importava mais. Houve então o choque: aqueles lindos olhos verdes enchiam-se de lágrimas a medida que seus lábios balbuciavam palavras tais como "me ame, eu não merece, mas me ame."Não consegui entender a reação dela ao me fitar. Então a abracei. Um abraço paternal e quente. E ela foi se acalmando, e sua respiração já não era agitada, e seus olhos já não eram tão tristes. "Eu te amo", foi o que escutei, antes do beijo. "Não vá embora, não saberei viver sem você".Então fiquei com ela, pra sempre... Seus olhos carentes e suas palavras me enfeitiçavam.Só pude dizer a ela poucas palavras, meu coração, que estava em minha garganta, me impedia. Levantei-me, peguei sua mão e disse: "vamos para casa, eu te amo!"
Achei no meio a tantas porcarias no meu pc! Esse é do finalzinho do ano passado.
Eu quero férias!
Quero férias de dois anos, ao lado do meu grande amor!
ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse ESTRESSE estresse!
TE AMO!
quinta-feira, 7 de maio de 2009
O Mundo é Bonito
Com as percepções alteradas e os miolos derretendo vi duas crianças brincando no parque. Eram lindas, inocentes e festejavam o verão. Nostalgia... mas de quê? Se eu nunca vivi nada parecido?
Então pensei, ao encostar-me em uma árvore "o mundo é bonito, mesmo não sendo o meu". Em meio a tanta tristeza e pessímismo restava algo de bom.
Lágrimas e suor salgavam a minha bcoa, e eu, imaginando ser uma alucinação vi as duas crianças andarem ao meu encontro: "Papai vem brincar!"
Essa frase simples dita em tom tão suave me espantou... eram meus filhos!! Então eu entendi a angústia, a nostalgia e o certo desamparo a que me submeti.
Meus filhos, meu reflexo, minha vida. E suas alegrias eram reais e puras que me lembravam aqueles meus sonhos de criança, em que ficava a olhar da pequena janela do meu quarto nos domingos de frio e neve. Sonhos esses que eu nunca realmente vivi, e que agora, estavam diante dos meus olhos.
PS: essa é uma redação avaliativa para o colégio, acredito ter zerado, pois pedia discurso direto. A burrinha aqui esqueceu a diferença entre o direto e o indireto... ¬¬
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Desabrocha seu mel em flor, amor...
E foi nesse exato momento, amor, que fui mais além, e me lembrei de todos os mal dizeres que já ouvi de tantos... Não, não, não pense que são sobre você (afinal, tu és tão recatada que não há do que reclamar), mas sobre aquelas pessoas incompreendidas mesmo. Aqueles a quem tu mesmo criticas só porque são o que são...
Fiquei pensando, o que há de mal em beber? Em gostar de sexo?? Em cair na gandaia, expor a alma e abrir o coração? Temos apenas uma vida não é... pois então, é eles que estão certos!!! Temos que aproveitar tudo da melhor maneira que conhecemos. Nossa única barreira deve ser a liberdade do outro, porque prejudicar alguem em nome dos nossos desejos, tu mesmo falas, é mais do que errado, não é meu anjo??
Não que eu odeia os sonhadores como você, mas no final, tu darás conta que perdeu o céu da vida e que não existe um paraíso que te recompense por isso... E eu não quero que a minha menininha tenha um fim tão triste!
Te imploro, fico de joelhos se for preciso, mas mande pastar todos os teus bons modos! Tu és tão linda, tão inteligente, que mesmo que possuas medos meu bem, VIVA! Sonhar com noites de amores, com discussões efervescentes e ressacas após belas farras pode ser lindo até certo ponto... mas é triste. Ou vais me dizer de novo que és plenamente feliz com tantas regras de comportamento??
Não aguento mais ver todo esse seu recalque... teu mel é tão doce... seu cheiro melhor que o de uma rosa, seduza-me com isso, e me ame, me ame, e me ame! Se te ofendo perdão, mais sei que me desejas tanto quanto eu a ti, sei que queres se entregar a mim...
E eu, pobre homem que sou, tão apreciador dos prazeres carnais, não posso esquecer-me da idéia de ter meu amor e meu prazer juntos em um só momento. Desperta essa sua rosa, deixe eu provar teu mel, e se assim quiseres, teu fel!
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Meu eu está perdido em um turbilhão de sentimentos e o mundo parece conspirar para que continue assim. As palavras me dão a voz, e mesmo sem compreender me ajudam e me fazem crescer, mas guardá-las para mim seria continuar mantendo o egoísmo que possuo. Por isso estou aqui, para dividir, nem que seja com uma mísera alma aquilo que sou.
E, para começar um pequeno texto sem título escrito no dia 15 de março desse ano:
"Seria ridículo se não fosse tão real... pois ao mesmo tempo que parecia ilógico era bonito o que sentiam. Bonito pelo simples fato de não existir um porquê para estarem juntos.
Já haviam se encontrado nos desejos e nos sonhos de cada um... e ficava mais forte a cada segundo que se viam, a cada segundo que se beijavam... que se abraçavam... E nada poderia tirar isso deles.
Não sei se falo de amor, pois era algo que um simples "eu te amo" não explica, e ambos sabiam muito bem disso. E, talvez fosse por causa disso que a ânsia de se amarem, de demonstrarem o quão imensurável era aquilo."